sábado, 30 de julho de 2016

Alternâncias


                      
                                Ei, me espera na esquina que o medo está lá sobre espreita e a suspeição
existe não é de agora. Já faz tempo, tento corrigir essa anomalia. Os quintais com cerca de arames farpados não impedem que me sinta em proporção absurda, desprotegido. O campo aberto me revela perigo em cada passo em cada olhar, na mais banal atitude. As utopias,... elas resistem, mas não dá para colher lírios, ainda que muito, as colheitas, são de cravos. Bandeira se enganou com Pasárgada, não basta ser amigo do rei. Rezar para Deus e o Diabo... Pasadena, talvez! “E agora José” não estava ali, a solução. O blazer por paletó, não mudou a ordem da demolição. São poucas as betoneiras á misturar concreto e argamassa; e é enormemente desproporcional com os tratores em ação a demolirem. Essa noite vai longe. Somos insetos Kafkianos, no rola levanta e cai. São muitos os “Piaimãs” pervertidos e macunaímas heróis sem caráteres; não existem muiraquitãs pra todos. E os “Joãos grilos” e Chicós, que vivem a vender – sem sangue – tiras de couro, aumenta em cada esquina, afora os que quebram porcos recheados de “ouro de tolos” em desvalores acumulados pela corrosão do desmando.
                                     Não é pavimento a nossa estrada, é vereda em construção. Tem azul no céu, está nublado à esquina, ainda que tarde, vejo aurora lá na frente, a história nos diz que tem escarpas a serem desbastadas. Caminhemos outras tormentas virão. “Faz escuro, mas eu canto”.
Zé Salvador.
Ver mais

Nenhum comentário:

Postar um comentário