sexta-feira, 24 de junho de 2016

DESTINO


Um Soneto para Machado de Assis.

                   * I *                 


 “Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!”
Baila meu coração no peito! Aflora,
Amor que retumbante me devora,
No recordar, lembranças de tua jura!

 
O nosso prometer, não vejo à hora,
De cumprir-se... Será, pois, minha cura,
Selando assim o fim da desventura...
Oh! Leva o teu capricho e a dor embora!

 
Se não cumprir a jura, for destino,
Terei comigo o eterno desatino;
E vestirei minh’alma com mortalha!

 
Este meu sonho que foi o primeiro,
Finado então, não seja derradeiro...
“Perde-se a vida, ganha-se a batalha!”.

 
Zé Salvador  &  Machado de Assis.

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